O Segredo do Cavalinho aborda, de maneira delicada e sutil, um tema de extrema importância: a proteção de crianças e adolescentes contra abusos. Através da perspectiva de uma menina de 7 anos, a protagonista guia o leitor por uma coletânea de histórias que, de forma sutil, ensinam como proteger as áreas mais sensíveis e vulneráveis para evitar traumas e sequelas psicológicas futuras.
O livro destaca a importância de uma educação que preza pelo respeito, orientação adequada e amor, elementos essenciais para que crianças e adolescentes cresçam como adultos seguros e responsáveis, refletindo comportamentos saudáveis na sociedade.
Infelizmente, a violência sexual contra menores é uma realidade alarmante: cerca de 400 milhões de crianças e adolescentes são vítimas desse tipo de violência no mundo. No Brasil, dados mostram que 60% das vítimas de estupro têm até 14 anos, e que, em 2023, o abuso contra crianças cresceu 70%. A CNN Brasil relata que 68% dos casos de violência sexual contra crianças são perpetrados por familiares ou conhecidos. Denúncias de abuso sexual infantil na internet aumentaram quase 80% no Brasil, e só em 2024, foram registradas 73,9 mil violações em uma semana de fevereiro.
Esses números revelam uma situação preocupante, onde cerca de cem crianças até 14 anos são estupradas diariamente no Brasil. Segundo um levantamento do UNICEF e do Fórum de Segurança Pública, combater esse crime é um desafio imenso. No entanto, através da educação, é possível reduzir esses índices, ensinando crianças e adolescentes a reconhecer e evitar situações de risco, mantendo um distanciamento seguro de possíveis abusadores, já que as intenções maliciosas nem sempre são aparentes.
É crucial que não ignoremos este tema tão relevante. Quanto mais discutirmos, divulgarmos e buscarmos soluções para o combate aos abusos sexuais infantis, mais eficaz será a proteção das crianças e adolescentes. A prevenção e a educação são chaves para a redução desses crimes.
Como o livro sugere: quando os segredos são revelados, os cadeados se desfazem.
Dra. Rosemary Louzeiro