A obra literária Hitler Não Morreu traça uma analogia entre os soldados de Hitler e o modus operandi de alguns que ultrapassam o limite de suas autoridades. Esses agentes, cumprindo missões e acatando ordens superiores, arrancam pessoas inocentes de suas residências, praticando violências físicas, morais, patrimoniais, sexuais e psicológicas. Armados e violentos, se vitimizam e atribuem descaradamente a culpa das agressões às próprias vítimas. Afinal, os “soldados de Hitler” sempre têm razão e justificam seus abusos e violações de direitos como reações às ações de seus opositores. Quando ocorre a morte de seus adversários, são sempre feitos autos de resistência, culpabilizando os falecidos pela reação que teria levado ao óbito.
Muitas vezes, enquanto cidadãos, aceitamos como normal a violência praticada contra outros, acreditando que jamais acontecerá conosco. Não percebemos que basta se opor aos interesses dos “discípulos de Hitler” para se tornar um alvo. Independentemente da condição financeira, status social ou localização, esses agentes estão sempre prontos para distorcer a realidade, usando o poder de instituições contra qualquer pessoa que esteja em oposição aos seus interesses abusivos. Embora conheçam as leis, eles impõem suas próprias regras, que não passam pelo Congresso nem necessitam de aprovação no Senado ou na Câmara. Esses “soldados de Hitler” só respeitam dinheiro e poder. Suas vítimas são desmoralizadas, caluniadas e incriminadas sem piedade, restando-lhes provar sua inocência contra acusações falsas.
A obra relata inúmeros casos que demonstram como o modus operandi de Hitler ainda persiste. Esse espírito de intolerância e autoritarismo sobrevive em cada discípulo arrogante, prepotente e hipócrita que, ao contrário do que pregam em sociedade, age à margem da lei. Em um dos capítulos, um personagem é questionado por um “discípulo de Hitler” sobre o que teria feito para sofrer a violência, culpabilizando-o como se o agressor tivesse o direito de atacá-lo.
O livro apresenta uma coletânea de casos, tanto nacionais quanto internacionais, e ao final destaca o trabalho inspirador de combate a esses discípulos, infelizmente ainda impregnados na sociedade e presentes em todos os países. É um tema comovente, debatido e analisado mundialmente. Vivemos tempos de intolerância em diversas áreas, mas há esperança, pois, felizmente, as pessoas de bem são a maioria; os maus apenas se destacam por seus atos chocantes. Esses “discípulos de Hitler” são lobos em pele de cordeiro, mas, quando a máscara não cai, Deus a arranca. Encontramos esses agentes em todas as áreas e profissões, pois o que define o caráter de uma pessoa são suas atitudes, enquanto as palavras são usadas conforme suas conveniências. O espírito de Hitler vive nos maldosos, falsos e arrogantes em todos os lugares do mundo.
Dra. Rosemary Louzeiro